Nos Estados Unidos, depois da eleição de Trump, um quarto dos usuários do Facebook deletou o aplicativo de seus smarthphones. A onda de fechamento das contas ocorreu depois do escândalo da Cambridge Analytica, empresa que esteve no centro da manipulação dos eleitores primeiro na Inglaterra, no Brexit, e depois nas eleições americanas. A Cambridge Analytica fechou, foi dada como falida após o escândalo. O Facebook saiu muito abalado. Entre usuários dos 18 aos 29 anos, o abandono da rede chegou a 44%. Os dados são de uma pesquisa da Pew Research Center, divulgada em setembro.

Basicamente, a Cambridge Analytica capturou os dados de dezenas de milhões de pessoas do facebook e organizou-os em 32 perfis psicológicos, usando poderosos sistemas de gestão de dados. Com isso, a campanha Trump “hackeou” o voto e conduziu boa parte dos eleitores nos EUA, feito manada ao abatedouro, usando fakenews e incentivando o ódio. Cada perfil recebeu a mensagem “adequada”; o resultado foi uma vitória inesperada de um candidato que antes parecia inviável.

Estamos vivendo exatamente a mesma coisa no Brasil, mas principalmente através de uma outra empresa de Mark Zuckerberg, o Whatsapp. Nas barbas de um judiciário analógico, e sob seu olhar complacente, a democracia brasileira está sob um “hackeamento” que, se for bem sucedido, poderá trazer consequências extremamente graves para o país.

No mundo inteiro, existe preocupação com o que está acontecendo conosco. Ao invés de arrefecer, a onda de direita desencadeada a partir da crise financeira de 2008 poderá ganhar um novo impulso, desta vez arrastando o continente sul-americano.

Vamos ver. Domingo é o dia D.

Depois, você vai ter de decidir o que fazer com seu facebook ….

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