Somente a mudança é permanente.
A indústria da comunicação no Brasil está vivendo uma crise sem precendentes. Nem o surgimento da televisão nos anos 50 promoveu tantas mudanças. O que estamos assistindo não deixará pedra sobre pedra. E o mais preocupante é que não sabemos se o novo que está surgindo é melhor do que o tínhamos até pouco tempo atrás.
Fala-se muito nas mudanças na comunicação, no papel das redes sociais, mas fala-se muito pouco sobre o mais importante. Estamos tendo um deslocamento brutal, violento, da atenção das pessoas dos velhos meios de comunicação para os novos meios.
Rádio, TV, jornal, revista e mesmo mídia out of home passaram a ser os táxis da comunicação diante dos Ubers e Cabifys. Assim como as gerações com menos 40 anos não tem ideia do que seja uma máquina de escrever, hoje os que tem menos de 25 anos não sabem o que é nem pra que serve um jornal. O consumo de informação, o entretenimento, tudo está passando a se dar na palma da mão.
Neste cenário, só existem duas alternativas: mudar ou mudar. Ou seja, você pode até escolher a mudança da sua preferência, mas não pode escolher a não-mudança. Não mudar significa a morte.
Até alguns anos podíamos dizer que as dificuldades para fazer chegar uma mensagem às pessoas estavam na fragmentação dos meios, nas inúmeras possibilidades de fazer chegar uma deteminada mensagem a determinados públicos. Era preciso desenvolver estratégias de transmídia ou crossmedia. Agora, já não se trata mais disso. As pessoas estão todas (ou pelo menos a maior parte) nos seus smathphones e qualquer comunicação precisa ter isso em conta.
Mas não basta. Se o formato adequado ao celular, vendo este como veículo primeiro de qualquer campanha, é uma chave para o sucesso, só isto e nada é quase o mesma coisa. A maior parte do que vemos no celular hoje é lixo.
O desafio de hoje é desenvolver uma comunicação capaz de prender a atenção das pessoas. E, neste sentido, o essencial é criar mensagens que digam a verdade. Só a propaganda que diz a verdade é capaz de atingir o coração e a mente das pessoas ao mesmo tempo. E isso vale para qualquer tipo de público ou de conteúdo. Pode ser uma campanha institucional ou uma campanha de vendas.
Compreender isso é o primeiro passo para uma mudança de verdade.